Bruno Golgher, dono do Café com Letras: "Como os gringos adoram a nossa música, percebi que fazia muito sentido levar gente daqui para apresentar a música instrumental brasileira lá fora"
Dos livros e exposições de arte a mostras de design realizadas no Café com Letras, o mergulho no mundo cultural da capital foi acontecendo aos poucos. A programação musical da casa abriu espaço para DJs e bandas. Os anos iam passando e Bruno tinha cada vez mais ideias para expandir seus negócios. O interesse pelos caminhos culturais também crescia. Ele queria aumentar o movimento, inserir arte nas ruas e impulsionar o comércio local.
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Consagrados músicos brasileiros e internacionais já se apresentaram no Savassi Festival. No ano passado, o evento chegou a Nova York. “Como os gringos adoram a nossa música, percebi que fazia muito sentido levar gente daqui para apresentar a música instrumental brasileira lá fora. Foi sensacional”, conta Bruno. Além dos shows em clubes de jazz, aconteceram workshops nas universidades de Columbia e Nova York (NYU). Para o próximo ano, está programado um intercâmbio entre professores e alunos brasileiros e americanos, para residências artísticas com foco no jazz. E mm setembro acontece a segunda edição do evento em NY. Logo após, seguem para Londres, para o primeiro Savassi Festival em terras inglesas.
Outro projeto que Bruno tem em mente é a segunda edição do Prêmio Isaias Golgher, desenvolvido com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que premia trabalhos no campo dos estudos judaicos. O nome vem de seu avô, um imigrante que veio da Rússia, foi historiador, escritor e crítico de arte, além de ter realizado trabalhos importantes no mundo da cultura judaica.
Recente morador da praça da Liberdade, no ano passado Bruno expandiu o Café com Letras, abrindo nova unidade dentro do Centro Cultural Banco do Brasil. “O Circuito Cultural está cada dia melhor, com uma programação muito dinâmica. Já a Savassi sofre uma profunda crise após as obras”, analisa. Ele se diverte ao relembrar o início de seu trabalho: “Quando era mais novo, achava que a cultura poderia ter o poder de mudar o mundo”. Quem disse que Bruno está errado?
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